Que amor fraco é esse que a distancia por si só consegue derrubar?? Que uma suposta indefinição de tempo consegue matar?? Que não consegue gritar para a carência: CAI FORA! Ou ‘amor’ é a roupa da tua carência?? Escrevi tanta cosa sobre ti. Tantas lembranças boas sobre nós eu tenho... Teus abraços, teus beijos, olhares, carícias, e todos os tabus que eu te fiz quebrar e os que me fizestes desfazer. Aquela explosão dentro de você que eu sempre amei. Os teus uivos e gemidos de dor e prazer e no final o sorriso de satisfação.. Tua memória não pode guardar isso tudo por um tempo a ponto do teu corpo pedir outro corpo que não fosse o meu? Isso é o teu amor?
Porque estamos distantes, você, em nome da carência e da suposta solidão, abandona tudo que vivemos? Joga fora todos os meus planos para nós sem me dizer nada? Suportei idéias tuas e condições desconfortáveis para não perder o teu contato e continuar com os nossos planos como prova da minha fidelidade e tu fostes infiel e ainda me diz sinceramente que não deixaria o sujeito por que ele nunca te magoou?? Porque está tudo bem agora?? Que amor é esse que abandona o outro por ter medo de ficar só? Por que eu tenho suportado este tempo todo sozinho naturalmente e ainda seguro?? Eu posso e você não?? Na verdade você nunca me amou. Como queres que eu acredite?? E eu ainda discuti com um amigo-baú argumentando que o amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta... Tudo em vão.
Confunde tua carência com sentimento duradouro e verdadeiro. Usas a palavra amor pra encobrir tua carência. Toma cuidado senão enganarás outros. E ainda fala em prudência para disfarçar o que nunca deveria ter falado. Tua tão falada previsão foi imprevista por mim. Obrigado por ter vulgarizado a merda do significado da palavra. Destes a tua contribuição.
Shakespeare disse que se alguém não te ama como você gostaria não significa que não o ame com todas as suas forças. Acredito não ser este o teu caso. Você tem talento para mais se quiser. Somente se quiser. Mas não quis. Tinha escrito em outro documento para você: de uma coisa tenho certeza. Não foram laços simples e fracos e temporários, caso contrário não estivera mais em minha mente. Talvez seja o melhor laço da minha vida. O tal do laço que se espera a vida inteira. Simplesmente não tenho mais certeza. Infelizmente me enganei redondamente. A tua incerteza me desestabilizou por completo. Achava que de fato era o “tal do laço”. Hoje, caístes no qualquer um, mais um. Tudo o que tinha me prometido era mentira e hoje, sorri muito sem mim. O que num 14º dia de agosto começou com poesias termina agora com nada de especial. O contrário do que sempre foi.
Escrevi a um conhecido dia desses que as pessoas são realmente decepcionáveis e hoje escrevo isto a você. Pessoas são assim: mesmo totalmente previsíveis, dia qualquer tem a imprevisão colada na testa. Apostei em você e perdi. Decepção é o sinto agora por ti. Somente o sumo. Vivi algumas semanas nas nuvens. Tenho ótimas lembranças disto, e manchastes a droga delas. A mim só resta aceitar esta condição, erguer a cabeça e continuar seguindo ferido. Um dia há de sarar e vou estar pronto para mais uma ferida talvez.
A vida é assim. Quem eu acreditava ser alguém é ninguém e preciso continuar. O mundo não pára para consertos no coração. Agradeço pela ciência disso tudo. Ao menos não faço mais papel de bobo. O que não mata ensina a viver. O poeta disse “Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!” Eu assino em baixo.
01.07.10
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